Mitos: Alcool e Exercícios

Existem 4 mitos muito comuns entre os atletas e o Álcool.
1. O álcool é uma boa fonte de calorias.

Falso. O álcool é uma fonte altamente concentrada de calorias que contém 7 calorias por grama (em comparação a 4 calorias / g de proteínas e carboidratos e 9 cal / g de gordura). Essas calorias são utilizados pelo corpo, principalmente para a produção de calor e não são convertidos em glicogênio, o principal combustível para a atividade muscular.

As calorias do álcool são calorias "vazias"; o álcool é pobre em vitaminas e minerais e sobrecarrega as vias metabólicas do fígado. O fígado desvia calorias para fazer gordura, que que é então armazenada no próprio fígado, antes de serem levados para locais de armazenamento permanente. A gordura pode se acumular no fígado, após uma única noite de bebedeira. O alcool induz a hipoglicemia o que deixa os músculos sem a sua principal fonte de energia.

Além disso, o álcool é muitas vezes misturada com outros alimentos com alto teor calórico e consumido junto com lanches de alta densidade calórica, como batata frita, amendoim, nozes, etc. Bebedores frequentes podem adicionar facilmente alguns quilos ao redor da cintura. Se você for beber e fazer dieta, é difícil permanecer dentro dos limites de calorias e ainda receber alimentação adequada.

Segundo Mito
O álcool é uma boa fonte de vitaminas B.
Falso. Bebidas alcoólicas contêm apenas quantidades insignificantes de vitaminas. Na verdade, o álcool atua para deslocar as vitaminas do organismo. Primeiro ele faz com que as células intestinais parem de absorver tiamina (B1), ácido fólico (B9) e vitamina B12 . Células do fígado perdem a sua eficiência na ativação da vitamina D. Os rins excretam uma maior quantidade de magnésio, potássio, cálcio e zinco, roubando do corpo esses minerais essenciais. A carência de vitamina B provoca doença neurológica e a carência de vitamina D deixa os ossos fracos

Terceiro Mito
O álcool é uma boa fonte de reposição de líquidos.

Falso. O álcool é um diurético, uma substância que provoca uma maior perda de líquidos ( sais minerais e eletrólitos) do que ele contém. O álcool diminui a produção do hormônio anti diurético (ADH), o hormônio que regula o equilíbrio de fluidos.

Isso provoca um aumento da micção, perda de água, desidratação e perda de minerais essenciais. Quem bebe urina mais e isso pode dar uma falsa impressão de que a pessoa está hidratado. Porém ocorre uma perda forçada de líquidos em quantidades maiores do que a pessoa está bebendo e levando a desidratação.

Quarto Mito
Beber Pouco não irá prejudicar o desempenho atlético.

Falso. O cérebro nem os músculos funcionam adequadamente. O músculo perde força e fica menor coordenação. Muitos estudos têm demonstrado que mesmo uma pequena quantidade de álcool pode prejudicar as habilidades psicomotoras, tempo de reação, coordenação olho-mão, acompanhamento visual, firmeza do braço, equilíbrio e agilidade. Quanto mais o atleta bebe, pior será seu desempenho.

Pesquisas

Em um estudo recente, nove homens saudáveis ​​(com idades entre 21 a 26) beberam em uma hora, o limite legal para dirigir na maioria dos estados americanos. O resultado foi uma diminuição das contrações do ventrículo esquerdo do coração, em outras palavras, era mais difícil para o coração bombear sangue e oxigénio para o resto do corpo. Os pesquisadores concluíram que o álcool é tóxico para o coração, mesmo em pequenas quantidades em adultos jovens e saudáveis​​. O álcool também diminui a frequência respiratória, ele é classificado como um depressor. Este é o efeito contrário que o atleta quer.

Curiosidades O organismo pode demorar 2 horas para metabolizar o álcool contido numa lata de 350 ml de cerveja. uma taça de vinho ou um dose de cachaça.
Os efeitos do álcool sobre o cérebro são sentidos muito rapidamente, especialmente se o estômago está vazio, alimentos podem diminuir o ritmo de absorção. O álcool afeta primeiro os lobos frontais do cérebro, os centros de raciocínio. Níveis mais altos de álcool, em seguida, afetam os centros da fala, visão, controle motor e, finalmente a consciência.

Dr Marcos Britto da Silva
Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 14/08/2011

Comentários

  1. Boa Noite, sofri um acidente no dia 02/01/2011, onde fraturei meu tornozelo direito "Fratura Bimaleolar ou Trimaleolar"(exposta grau III), fiz cirurgia onde foi colocado 4 fixadores e um parafuso, após 4 meses retirei os 4 fixadores e iniciei a fisioterapia, a 1 mês retirei parafuso. Ando com muita dificuldade e o meu tornozelo não se movimenta completamente, continuo fazendo fisioterapia e sentir uma melhora depois da retirada do parafuso.
    Gostaria de saber qual o tempo de recuperação,se vou conseguir andar normal e se o meu tornozelo irá movimenta normalmente. Obrigado e aguardo retorno.

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  2. Ursula Carvalho, postar comentários é fácil basta seguir o Blog.

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  3. Olá Dr. Marcos, tive uma fratura trimaleolar no tornozelo direito há dois meses e quatro dias e não foi feita cirurgia devido à morosidade do SUS. Passei por dois médicos ortopedistas que me trataram com descaso (infelizmente) apesar da gravidade da situação e já estou no terceiro. Este último médico se mostrou solidário e disse que em virtude do que aconteceu tinha duas notícias sendo uma boa e uma ruim: a ruim é que eu tinha de fazer a cirurgia e a boa era que, apesar de não tê-la feito, a consolidação do meu tornozelo está sendo boa, mesmo tendo ficado um pouco aberto(?). O médico disse que teria problemas com instabilidade no tornozelo. Tirei o gesso e estou sendo tratada pelo método conservador. Há uns quinze dias estou fazendo imersão do meu tornozelo em água gelada e quente e exercícios de movimentação. Agora no meio do mês retorno com o ortopedista atual para ser encaminhada para a fisioterapia e iniciar o uso da bota robocop para começar a caminhar. Sinto dores, mas mais de desconforto em alguma posição que force um pouco o tornozelo e não são tão intensas. Só tem uma coisa esquisita: quando apoio a parte de trás do calcâneo na cama. Parece que meu pé escorrega para a frente como se estivesse em falso. Gostaria de saber sobre o que o Sr. teria de experiência sobre a minha situação (recuperação, sequelas, etc). Na verdade, tenho pesquisado na internet sobre tratamento conservador para fratura trimaleolar do tornozelo e não tenho encontrado nada. Os relatos sempre giram em torno da cirurgia. Sem mais, agradeço se puder responder. chellesouza@hotmail.com ou azuosim@hotmail.com

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  4. As fraturas de tornozelo podem ser tratadas não operatoriamente como todos as fraturas, porém por ser uma fratura articular os melhores resultados são alcançados quando obtemos o alinhamento completo dos fragmentos, fraturas articulares que ficam com degrau articular ou alargamento da articulação frequentemente evoluem para artrose e instabilidade. Seu ortopedista atual recomendou a cirurgia, cabe a você decidir se vai ou não seguir a orientação dele.

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    Respostas
    1. Caríssimo Dr. Marcos, obrigada pela resposta. Na verdade, o meu médico atual desaconselhou a cirurgia em virtude de ter passado muito tempo do momento da fratura (cerca de três meses). Como falei, retornei com o mesmo e, por orientação do ortopedista continuo sendo tratada no método conservador e estou usando a bota ortopédica. Fui liberada para fazer hidroterapia e hidroginástica. Segundo o médico, além das fraturas, houveram rompimentos parciais de dois ligamentos no tornozelo. Sigo o tratamento com um razoável desconforto. Estou tentado fazer tudo direitinho mas a recuperação está sendo bem lenta. Sou policial civil e meu trabalho depende de um físico equilibrado, e o Sr. sabe o quanto os tornozelos são importantes. De qualquer forma, agradeço mais uma vez.

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  5. Oii beber atrapalha na cicatrizacao de uma fratura na coluna?

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  6. Cerveja atrapalha na cicatrizacao de uma fratura na coluna?

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Dr MARCOS BRITTO DA SILVA - Médico Ortopedista
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
- Médico Ortopedista Especialista em Traumatologia e Medicina Esportiva - Chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Pró-Cardíaco - ex Presidente da SBOT RJ - Professor Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Membro Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte - Médico do HUCFF-UFRJ, - International Member American Academy of Orthopaedic Surgeons - Membro da Câmara Técnica de Ortopedia e Traumatologia do CREMERJ, - Especialista em Cirurgia do Membro Superior pela Clinique Juvenet - Paris, - Professor da pós Graduação em Medicina do Instituto Carlos Chagas, - Professor Coordenador da Liga de Ortopedia e Medicina Esportiva dos alunos de Medicina da UFRJ, - Membro Titular da SBOT - ( Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), - Membro Titular da SBTO - ( Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico), - Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da UFRJ - Internacional Member AO ALUMNI - Internacional Member: The Fédération Internationale de Médecine du Sport,(FIMS) - Membro do Comitê de ètica em Pesquisa HUCFF-UFRJ.