Ausência de Sol pode provocar cancer !

A vitamina D é essencial para a formação, crescimento e reparação dos ossos e tambem para a absorção de cálcio no intestino, porém também tem papel fundamental na manutenção do sistema imunológico.. A viatmina D é um hormonio produzido com a exposição da pele a radiação solar ultravioleta, mas também pode ser obtido a partir de alguns alimentos e suplementos alimentares.
Alguns estudos sugerem que um maior consumo de vitamina D de alimentos e / ou suplementos e níveis mais altos de vitamina D no sangue estariam associados a redução dos riscos de câncer colorretal, câncer de mama, próstata e pâncreas.

Qual o um papel da vitamina D na redução do risco de câncer?
Um grande número de estudos científicos têm investigado um possível papel da vitamina D na prevenção do câncer.
Os primeiros resultados vieram de estudos epidemiológicos conhecidos como estudos de correlação geográfica. Nestes estudos, foi encontrada uma relação inversa entre os níveis de exposição à luz solar em uma determinada área geográfica e as taxas de incidência e morte para certos tipos de câncer nessa área.
- Indivíduos que vivem em latitudes meridionais apresentaram menores taxas de incidência e morte para esses tipos de câncer do que aqueles que vivem em latitudes setentrionais ( mais longe do equador e portanto com menor produção de vitamina D pelo sol). 

Os investigadores levantaram a hipótese de que a variação dos níveis de vitamina D seriam o fator responsável por essa variação.
A evidência do possível papel protetor ao câncer por níveis normais de vitamina D também foi encontrado em estudos laboratoriais do efeito do tratamento com a vitamina D em cultura de células cancerosas. Nestes estudos , a vitamina D promoveu a diferenciação e morte (apoptose) de células cancerosas, e diminuiu a sua proliferação do cáncer.
Os ensaios clínicos randomizados destinados a investigar os efeitos da ingestão de vitamina D na saúde óssea sugeriram que a ingestão maior de vitamina D pode reduzir o risco de câncer. Um estudo envolveu quase 1.200 mulheres pós-menopáusicas saudáveis ​​que tomaram suplementos diários de cálcio (1.400 mg ou 1.500 mg) e vitamina D ( 25 mcg de vitamina D ou 1.100 UI ) ou um placebo durante 4 anos. 
As mulheres que tomaram os suplementos tiveram 60 por cento menor incidência global de câncer.
Uma série de estudos observacionais têm investigado se as pessoas com níveis mais altos ou ingestão de vitamina D têm menor risco de cânceres específicos, particularmente câncer colorretal e câncer de mama. Associações de vitamina D com riscos de câncer de próstata e pâncreas. 
Informações sobre o consumo alimentar é obtida a partir dos participantes através da utilização de questionários de frequência alimentar, registros de dieta ou entrevistas em que os participantes são convidados a recordar a informação sobre os seus aportes . As informações coletadas dessa maneira podem ser imprecisas. Além disso, só recentemente foi criado e se tornou disponíveis um amplo banco de dados de composição de alimentos com valores de vitamina D por alimento nos EUA. Outros componentes da dieta ou balanço energético também podem modificar o metabolismo da vitamina D.
Medição dos níveis sanguíneos de 25-hidroxivitamina D para determinar o estado da vitamina D evita algumas das limitações da avaliação do consumo dietético. No entanto, os níveis de vitamina D no sangue variam consoante o raça, estação do ano e possivelmente, com a atividade dos genes cujos produtos estão envolvidos no transporte e metabolismo de vitamina D. Estas variações complicam a interpretação de estudos que medem a concentração de vitamina D no soro em um único ponto no tempo.
Finalmente, é difícil separar os efeitos da vitamina D e de cálcio devido às interações biológicas complicadas entre essas substâncias. Para entender completamente o efeito da vitamina D no câncer e outros resultados de saúde, novos ensaios clínicos randomizados terão de ser realizados. 
Como conclusão: ainda não esta determinado se a suplementação de vitamina D diminui a incidência de câncer, porém a baixa de vitamina D sim está associada com uma maior incidência de câncer e nesse grupo a exposição ao sol e/ou a suplementação na dieta diminuiria a incidência de câncer.

Nem Tanto ao céu nem tanto ao mar: pegar sol em excesso pode levar ao surgimento de câncer de pele, porém evitar o sol causando uma baixa de vitamina D também pode provocar câncer. 

Marcos Britto da Silva
Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
atualizado em 30/12/2013.

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Dr MARCOS BRITTO DA SILVA - Médico Ortopedista
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
- Médico Ortopedista Especialista em Traumatologia e Medicina Esportiva - Chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Pró-Cardíaco - ex Presidente da SBOT RJ - Professor Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Membro Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte - Médico do HUCFF-UFRJ, - International Member American Academy of Orthopaedic Surgeons - Membro da Câmara Técnica de Ortopedia e Traumatologia do CREMERJ, - Especialista em Cirurgia do Membro Superior pela Clinique Juvenet - Paris, - Professor da pós Graduação em Medicina do Instituto Carlos Chagas, - Professor Coordenador da Liga de Ortopedia e Medicina Esportiva dos alunos de Medicina da UFRJ, - Membro Titular da SBOT - ( Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), - Membro Titular da SBTO - ( Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico), - Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da UFRJ - Internacional Member AO ALUMNI - Internacional Member: The Fédération Internationale de Médecine du Sport,(FIMS) - Membro do Comitê de ètica em Pesquisa HUCFF-UFRJ.