Tendinite Calcárea 2

Como foi a descoberta da tendinite calcárea?
Duplay 1872 - descreveu a patologia
Painter 1907 - imagens radiológicas - calcificação na bursa.
Codman 1909 - achados cirúrgicos, calcificação abaixo da bursa -
dentro do tendão classificou como uma doença degenerativa
Wrede 1912 - descreveu a histologia da calcificação no tendão

Qual a Incidência de tendinite calcárea?
Boswort 1941 - realizou exame de RX nos 2 ombros de 6061 funcionários de escritório
todos assintomáticos
2,7% de incidência em assintomáticos.
6,8% em pacientes sintomáticos *.
19,8% na faixa etária 31 a 40 anos *.
* Welfling et alli, Rev. Rheum. 325-334, 1965.
Qual a localização das calcificações?
Qualquer tendão do manguito rotador pode ser acometido.
Supraespinhoso é o mais acometido (50 a 80% dos casos)
Idade: 4 década nas mulheres e 5 década nos homens (discreta incidência maior em mulheres )

Qual a classificação em relação ao tamanho da calcificação?
Tamanho: < 5 mm

5 a 15 mm.
> 15 mm em geral são muito sintomáticas.
( Formas difusas são mais difíceis de tratar e mais demoradas na resolução dos sintomas )
Qual a classificação em relação a duração dos Sintomas?
Uhthoff
Agudo 1-2 semanas
Sub Agudo 3-8 semanas
Crônico acima de 8 semanas.
Quais os sintomas da Tendinite calcárea?
Irradiação da dor comumente para o braço, raro para o pescoço.
Diminuição do movimento do ombro
Não consegue dormir sobre o lado afetado
Piora da dor à noite.
Fase aguda = dor excruciante
Demais fases = dor moderada.
 Impacto por aumento relativo da espessura do tendão (+)*
 Bursite química pelo cristais de cálcio. (++)*
 Reabsorção dos depósitos de cálcio (+++)*
* o número (+) indica a Intensidade da dor
Qual a Patogênese da tendinite calcárea?
Codman: teoria vascular - calcificação mais comum na zona crítica (Doença degenerativa)
Meyer: Degeneração, necrose e calcificação
Uhthoff - Calcificação em ambiente viável.
 Pré calcificação
 Fase Calcificação: Formação e Reabsorção
 Pós absorção
Como é feito o Diagnóstico?
Rx simples
Depósitos de cálcio intratendinosos não contínuos com a cabeça do úmero.
Diagnostico diferencial com calcificações pequenas na região do grande tuberosidade que estão relacionadas com osteoartrose e doença degenerativa
Qual o melhor Tratamento?
 Terapia não operatória em 90% dos casos.
 AINE, termo-terapia, físio analgésica, etc.
 Terapia por Ondas de Choque (TOC)
 Punção e lavagem
 Cirurgia Aberta ou Artroscópica
Qual o tratamento na fase de formação da calcificação?
 Tratamento em geral não operatório
 Cirurgia é exceção nessa fase.

Em quais casos está Indicado cirurgia?
 Progressão dos Sintomas.
 Dor constante que interferem nas atividades diárias.
 Ausência de melhora com medidas não operatórias.


Leia mais no outro artigo sobre tendinite calcária ( basta clicar sobre a palavra)


Dr. Marcos Britto da Silva
Ortopedia Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de janeiro, RJ, Brasil
atualizado em 20/01/2012.

Comentários

Mais Lidos

Compressão do Nervo Ulnar no Cotovelo e Punho

Consolidação das Fraturas

Vitamina D Pura DePURA

Lesão Meniscal no Joelho

Cirurgia para tratamento da Fratura de Tornozelo

Fratura de tíbia - Diafisaria

Postagens mais visitadas deste blog

Entorse do Tornozelo

Compressão do Nervo Ulnar no Cotovelo e Punho

Fratura de tíbia - Diafisaria

Quanto Custa Uma Cirurgia?

Consolidação das Fraturas

MD no lugar DR para médicos

Minha foto
Dr MARCOS BRITTO DA SILVA - Médico Ortopedista
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
- Médico Ortopedista Especialista em Traumatologia e Medicina Esportiva - Chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Pró-Cardíaco - ex Presidente da SBOT RJ - Professor Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Membro Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte - Médico do HUCFF-UFRJ, - International Member American Academy of Orthopaedic Surgeons - Membro da Câmara Técnica de Ortopedia e Traumatologia do CREMERJ, - Especialista em Cirurgia do Membro Superior pela Clinique Juvenet - Paris, - Professor da pós Graduação em Medicina do Instituto Carlos Chagas, - Professor Coordenador da Liga de Ortopedia e Medicina Esportiva dos alunos de Medicina da UFRJ, - Membro Titular da SBOT - ( Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), - Membro Titular da SBTO - ( Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico), - Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da UFRJ - Internacional Member AO ALUMNI - Internacional Member: The Fédération Internationale de Médecine du Sport,(FIMS) - Membro do Comitê de ètica em Pesquisa HUCFF-UFRJ.

Arquivo

Mostrar mais