Fratura de Pilão tibial

O que é uma fratura do Pilão tibial ?

Uma fratura pilão tibial  é uma lesão que ocorre na parte distal da tíbia e compromete a superfície articular do tornozelo. Nessas fraturas o outro osso da perna, a fíbula, também sofre fratura.

Qual a causa da fratura do Pilão tibial ?

Uma fratura de pilão ocorre normalmente como resultado de um evento de alta energia, como uma colisão de carro ou queda de altura. Pilão um instrumento usado para esmagar ou bater. Nas fraturas do pilão tibial, o osso é esmagado ou dividido em várias partes devido ao impacto de alta energia que causou a lesão. Na maioria dos casos, a cirurgia é necessária para restaurar o osso danificado à sua posição normal. Devido a alta energia que ocorre durante o acidente os pacientes podem ter outros ferimentos que requeiram tratamento também.

O que determina o quão grave é a fratura de pilão tibial ? 

fratura do pilão tibial

A gravidade da lesão depende de vários fatores, incluindo:


O grau de comprometimento da articulação tíbio talar
Quais os ossos estão quebrados. 
Qual o tamanho dos fragmentos 
Lesões de pele e partes moles no local
Presença de problemas crônicas como insuficiência vascular e diabetes mellitus
Uso de cigarros

Quais as causas de fraturas do pilão tibial ?

As fraturas de pilão tibial geralmente resultam de traumas de alta energia, como acidente de carro ou moto, queda de altura ou acidente de esqui. Os médicos observaram um aumento nas fraturas de pilão desde a introdução de airbags em veículos motorizados. Enquanto os air bags permitem que mais pessoas sobrevivam a acidentes de carro em alta velocidade, eles não protegem as pernas - muitos dos sobreviventes acabam com fraturas de pilão e outras lesões nas pernas.

Quais os Sintomas de fraturas do pilão tibial ?

Pacientes com fraturas de pilão geralmente experimentam dor imediata e intensa. Outros sintomas podem incluir:
  • Inchaço
  • Contusão
  • Dolorimento no local
  • Incapacidade de suportar peso na perna lesionada
  • Deformidade - o tornozelo pode parecer inclinado ou torto

Quais os cuidados de emergência diante de uma fratura do pilão tibial ?

  • Examine a parte inferior das pernas e o tornozelo, procurando cortes ou lesão e pressionando suavemente em diferentes áreas para ver se dói.
  • Verificar se o paciente consegue mexer os dedos dos pés e sentir as coisas em todo o seu pé. Em alguns casos, os nervos podem ser lesionados ao mesmo tempo que o osso é quebrado.
  • Verifique o pulso nos pontos-chave do pé para ter certeza de que há um bom suprimento de sangue para o pé e tornozelo.
  • Verifique se há inchaço no seu pé e tornozelo. A quantidade de inchaço determinará se e quando a cirurgia pode ser feita.
  • Determine o paciente sofreu algum outro dano examinando o resto do corpo. É importante dizer ao médico se tem dor em outras partes do corpo.

Qual o Tratamento para as fraturas de pilão tibial ?

Muitas fraturas de pilão requerem cirurgia, mas algumas fraturas estáveis ​​podem ser tratadas de maneira não cirúrgica. O fato de seu médico recomendar ou não cirurgia muitas vezes depende de quão deslocados os ossos fraturados estão.

Tratamento não cirúrgico
O tratamento não cirúrgico pode ser recomendado para fraturas estáveis ​​nas quais os pedaços de osso não são deslocados ou são minimamente deslocados.

Tratamento cirúrgico

Aberta e Fixação Interna

Durante esta operação, os fragmentos ósseos deslocados são primeiro reposicionados (reduzidos) no seu alinhamento normal, e depois mantidos juntos com parafusos e placas de metal fixadas à superfície externa do osso.

Qual o melhor momento para operar o paciente?

O inchaço ou bolhas significativas poderão adiar a cirurgia até que o inchaço diminua. Realizar cirurgias cedo demais aumenta o risco de infecções ou problemas com a ferida cirúrgica. Sua cirurgia pode ser adiada por até 2 semanas ou mais, dependendo do tempo necessário para o inchaço diminuir.

Fixação Externa
Fixação externa de uma
fratura de pilão
Seu médico pode aplicar um fixador externo para manter a fratura do pilão no lugar e estabilizar o tornozelo até que uma segunda cirurgia possa ocorrer.
Um fixador externo pode ser aplicado para proteger o pé até que seja seguro executar uma operação.
Nesta operação, o médico faz pequenas incisões na pele e insere pinos metálicos nos ossos. Os pinos projetam-se para fora da pele e são presos a barras de fibra de carbono fora da pele. O fixador externo atua como um quadro para ajudar a manter o tornozelo em uma boa posição até que uma segunda cirurgia possa ser realizada. O fixador externo também ajuda a restaurar o comprimento adequado do membro.

Ortopedista, Traumatologista e Médico do Esporte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Atualizado em 13/08/2019

Comentários

  1. Quebrei a Tibia e a Fíbula a 11 meses e foi feita a cirurgia de colocação de haste intramedular, porém a Fíbula formou o calo ósseo e se regenerou por completo, já a Tíbia começou a calcificar a parte de traz, já as laterais e a frente não...
    Será que tenho que aguardar mais ou precisarei fazer uma nova cirurgia para fazer um enxerto para ajudar a calcificar, não sinto dor direto só algumas vezes?
    Obrigado!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Essa é uma decisão que será feita em conjunto com o seu ortopedista .

      Quando as radiografias seriadas mostram progressão da consolidação o quadro de pseudartrose não está estabelecido

      Excluir

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Dr MARCOS BRITTO DA SILVA - Médico Ortopedista
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
- Médico Ortopedista Especialista em Traumatologia e Medicina Esportiva - Chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Pró-Cardíaco - ex Presidente da SBOT RJ - Professor Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Membro Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte - Médico do HUCFF-UFRJ, - International Member American Academy of Orthopaedic Surgeons - Membro da Câmara Técnica de Ortopedia e Traumatologia do CREMERJ, - Especialista em Cirurgia do Membro Superior pela Clinique Juvenet - Paris, - Professor da pós Graduação em Medicina do Instituto Carlos Chagas, - Professor Coordenador da Liga de Ortopedia e Medicina Esportiva dos alunos de Medicina da UFRJ, - Membro Titular da SBOT - ( Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), - Membro Titular da SBTO - ( Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico), - Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da UFRJ - Internacional Member AO ALUMNI - Internacional Member: The Fédération Internationale de Médecine du Sport,(FIMS) - Membro do Comitê de ètica em Pesquisa HUCFF-UFRJ.